Se você já se deparou com uma prova organizada pela banca FGV (Fundação Getúlio Vargas), sabe que essa banca não facilita a vida do candidato. Eu sei bem como é ficar com dúvidas sobre o que esperar, se o tempo será suficiente ou qual disciplina priorizar no início da prova. Essa insegurança é comum, mas conhecer o estilo da FGV pode transformar a preparação.
A banca é responsável por algumas das seleções mais concorridas do país, incluindo a OAB, tribunais e áreas fiscais. O que a torna tão desafiadora é justamente a sua característica “camaleão”: a FGV adapta suas provas de acordo com o órgão contratante, o que exige do concurseiro atenção redobrada. Ainda assim, existem padrões que se repetem e podem ser identificados com uma análise detalhada.
Ao longo deste conteúdo, você vai entender quais são as principais características da FGV, como ela cobra os conteúdos e por que é considerada uma das mais exigentes do Brasil. Continue a leitura para acessar a análise completa da banca FGV e descobrir estratégias que podem fazer diferença no seu desempenho.
Índice
Perfil e histórico da banca FGV
Quando falamos em concursos organizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é impossível não destacar o perfil peculiar da instituição. A banca FGV carrega mais de 70 anos de atuação no cenário educacional e de pesquisas no Brasil, especialmente nas áreas de Administração, Direito, Economia, Ciências Sociais e Tecnologia da Informação. Além da sua relevância acadêmica, ela também se consolidou como uma das principais organizadoras de concursos públicos, com forte presença em certames jurídicos, fiscais e de tribunais.
No formato das provas, a banca prioriza questões de múltipla escolha com cinco alternativas, mas costuma elevar o nível de dificuldade por meio de enunciados extensos e detalhados. Esses textos, muitas vezes recheados de termos técnicos e referências contemporâneas, exigem leitura cuidadosa e interpretação precisa. Além disso, a banca FGV cobre de forma abrangente o conteúdo programático, o que obriga o candidato a estar bem preparado em todas as disciplinas previstas no edital.
Outro ponto marcante é a forma como a banca conduz provas discursivas. Questões dissertativas ou estudos de caso frequentemente exploram cenários ligados à política, economia e situações hipotéticas do cotidiano jurídico ou administrativo. Essa característica reforça a versatilidade da FGV, que consegue adaptar seu estilo às exigências de diferentes órgãos, mantendo sempre um padrão de prova considerado desafiador pelos candidatos.
Principais concursos organizados pela banca FGV
A banca FGV tem ampla experiência na organização de concursos públicos em diferentes esferas, sendo responsável por certames de grande porte e alta concorrência. Entre os destaques, estão:
- Concurso Nacional Unificado (CNU) – considerado um dos maiores concursos do Brasil, com milhares de vagas em órgãos federais.
- Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) – provas aplicadas para cargos de nível médio e superior no Judiciário estadual.
- Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) – concursos para técnicos, analistas e outras funções jurídicas.
- Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa) – concurso voltado para cargos técnicos e administrativos.
- Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) – concurso de grande destaque no Legislativo estadual.
- Ministério Público do Espírito Santo (MP ES) – concursos para analistas, técnicos e cargos de apoio, reforçando a presença da banca em seleções jurídicas.
- Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – tradicionalmente aplicado pela FGV em todo o país.
Esses exemplos demonstram como a banca FGV atua em diferentes áreas, desde tribunais e ministérios públicos até assembleias legislativas e concursos federais de grande porte.
Banca FGV: como é a cobrança das disciplinas
Quem já se deparou com uma prova da Fundação Getúlio Vargas sabe que o estilo da banca exige atenção redobrada. A forma como cada disciplina é abordada varia conforme o edital, mas alguns padrões se repetem e ajudam a entender o perfil das cobranças.
Em Língua Portuguesa, a ênfase está na interpretação de textos longos e na análise de inferências, ou seja, informações implícitas que exigem raciocínio para serem identificadas. Além disso, aparecem com frequência questões sobre tipologia textual, morfologia, classes gramaticais, reescrita de frases e vocabulário.
Já em Matemática e Raciocínio Lógico, a FGV tende a priorizar problemas práticos que envolvem porcentagem, análise combinatória, proporções, conjuntos e tabelas-verdade. O candidato precisa interpretar bem o enunciado para aplicar fórmulas de forma correta. Em Informática, o foco recai sobre situações-problema, abordando Pacote Office, sistemas operacionais, Internet e segurança da informação.
Na área de Direito, a cobrança costuma equilibrar a literalidade da lei com a aplicação prática em jurisprudência e casos concretos. Isso vale tanto para Direito Constitucional e Administrativo quanto para outros ramos previstos no edital.
Banca FGV: como funciona a prova discursiva
Além das questões objetivas, a banca FGV frequentemente aplica provas discursivas em seus concursos, principalmente em cargos jurídicos, fiscais e de tribunais. Essa etapa costuma avaliar não apenas o domínio técnico do conteúdo, mas também a capacidade de organização textual, argumentação e clareza na escrita.
O formato mais comum é o dissertativo, em que o candidato precisa responder a uma questão ou desenvolver um texto sobre tema específico. Em alguns certames, a banca FGV adota estudo de caso ou peça prática, especialmente para cargos jurídicos. O limite de linhas varia, mas geralmente fica entre 20 e 60, dependendo da carreira.
Entre os temas mais recorrentes, estão assuntos de atualidades (como política, economia e questões sociais), além de tópicos diretamente ligados ao conteúdo do edital. O candidato é avaliado pela capacidade de estruturar a resposta em introdução, desenvolvimento e conclusão, usando linguagem formal, coerência lógica e respeito às normas gramaticais.

5 Dicas para gabaritar provas da banca FGV
Se você vai encarar uma prova organizada pela FGV, já deve ter ouvido que ela não é nada simples. Os enunciados costumam ser longos, cheios de detalhes e com pegadinhas que podem confundir até os mais preparados. É por isso que não dá para depender apenas do conteúdo estudado, a forma como você conduz a prova faz toda a diferença.
Na prática, isso significa que além de conhecer bem as matérias, você precisa ter uma boa estratégia para administrar o tempo, manter a concentração e evitar erros por distração. Muitas vezes, o que separa um bom desempenho de um resultado frustrante está justamente nesses cuidados.
Pensando nisso, selecionei 5 dicas diretas e aplicáveis para você colocar em prática no dia da prova da FGV. Continue a leitura e veja como cada uma delas pode ajudar a enfrentar os desafios da banca de forma mais inteligente.
1. Pule questões muito difíceis
Não perca tempo com enunciados extensos ou problemas que não consegue resolver de imediato. Priorize as questões fáceis e médias, garantindo pontuação mínima em todas as matérias. Se sobrar tempo, volte às mais complexas.
2. Comece pelas matérias que você domina
Iniciar pela disciplina em que você tem mais confiança ajuda a ganhar ritmo logo no início da prova. Dê preferência às matérias de maior peso, garantindo pontos importantes já nos primeiros minutos.
3. Leia o comando antes do texto
Como a FGV costuma elaborar enunciados longos, vá direto ao comando da questão e às alternativas. Só depois leia o texto, se realmente for necessário, focando apenas no trecho que responde à pergunta.
4. Fique atento às pegadinhas
A banca utiliza palavras-chave que mudam completamente o sentido da questão, como “apenas”, “exceto”, “sempre” ou “nunca”. Marque essas expressões para evitar erros por falta de atenção.
5. Administre pausas estratégicas
Provas da banca FGV podem durar várias horas e exigem concentração contínua. Quando sentir o cansaço, faça pequenas pausas para recuperar o foco, beber água ou respirar fundo. Isso ajuda a retomar a clareza e reduzir falhas simples.
Agora que você já conferiu as principais características da banca FGV, fica mais fácil compreender como a organizadora estrutura suas provas e quais pontos exigem maior atenção. Questões longas, foco em interpretação e abrangência de todo o edital são marcas registradas da instituição.
Para aprofundar seus estudos e acompanhar editais em andamento, análises de provas anteriores e conteúdos direcionados, acesse o blog Nova Concursos. Lá você encontra informações sempre atualizadas sobre concursos em todo o país, reunidas em um só lugar.