Ortografia Oficial para concursos: Regras e exemplos

A ortografia oficial é um dos temas mais cobrados nas provas de Língua Portuguesa dos concursos públicos no Brasil. Seja em questões objetivas, discursivas ou em redações, o domínio das regras ortográficas é fundamental para garantir um bom desempenho e evitar erros que possam comprometer a nota.

Aprender e aplicar corretamente as normas da ortografia não é apenas uma exigência das bancas examinadoras, mas também uma forma de demonstrar segurança e conhecimento na escrita. Pequenos deslizes podem fazer a diferença na classificação final, principalmente em certames muito concorridos.

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Neste artigo, você vai encontrar orientações práticas e objetivas para estudar ortografia oficial de forma eficiente, com foco no que realmente cai nas provas. Continue a leitura e fortaleça seu preparo para conquistar a aprovação!

O que é Ortografia Oficial?

Ortografia é o conjunto de normas que define a escrita correta das palavras na Língua Portuguesa. Ela abrange regras de uso de letras, acentos, hífen, maiúsculas e minúsculas, além da aplicação correta de fenômenos como encontros vocálicos, encontros consonantais e dígrafos.

Segundo o dicionário Michaelis, é a parte da gramática normativa que ensina as regras de grafia, ou seja, como registrar as palavras corretamente de acordo com a norma culta.

No contexto de concursos públicos, ortografia oficial refere-se ao padrão reconhecido e adotado oficialmente no Brasil, seguindo as mudanças do Novo Acordo Ortográfico.

Novo Acordo Ortográfico: o que mudou?

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi criado para unificar a grafia nos países lusófonos. No Brasil, entrou em vigor em 2008 e passou a ser obrigatório em 2016.

As principais mudanças que você precisa dominar para as provas são:

1. Alfabeto

• Passou de 23 para 26 letras, com inclusão de K, W e Y.
• Uso principal: nomes próprios estrangeiros (Katy Perry), estrangeirismos (software) e símbolos internacionais (Km, Kg, W).

2. Fim do trema

• O trema (¨) deixou de ser usado, mas a pronúncia das palavras não mudou.
• Exemplos:
  • Antes: lingüiça, freqüente e tranqüilo; → Depois: linguiça, tranquilo, frequente.

3. Alterações na acentuação

• Ditongos abertos EI e OI em paroxítonas perderam o acento:
  • heróico → heroico
  • colméia → colmeia
• I e U tônicos em paroxítonas após ditongo perderam o acento:
  • feiúra → feiura
• Fim do acento em palavras com hiato OO:
  • vôo → voo
  • enjôo → enjoo
• Fim de alguns acentos diferenciais:
  • pára (verbo) → para (preposição ou verbo)
  • pólo (centro) → polo

Atenção: alguns acentos diferenciais foram mantidos:

• pôde (passado) / pode (presente)
• pôr (verbo) / por (preposição)
• Plurais de ter e vir: eles mantêm, eles vêm.

4. Uso do hífen

As regras do hífen mudaram bastante. Resumo:

Não se usa hífen quando:

• Prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com R ou S (duplica-se a letra):
  • anti-social → antissocial
  • auto-retrato → autorretrato
• Prefixo termina em vogal diferente da inicial do segundo elemento:
  • auto-escola → autoescola

Usa-se hífen quando:

• Prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento:
  • antiinflamatório → anti-inflamatório
• Prefixo super, hiper, inter + R:
  • super-resistente, inter-regional.

5. Maiúsculas e minúsculas

• Maiúsculas: nomes próprios, instituições, títulos de periódicos, siglas.
• Minúsculas: dias da semana, meses, estações do ano, pontos cardeais (quando não indicam região).
• Uso facultativo: nomes de disciplinas, títulos de obras (apenas inicial em maiúscula ou todas as palavras).

Encontros Vocálicos

O encontro vocálico ocorre quando duas ou mais vogais aparecem próximas na palavra.

• Ditongo: vogal + semivogal ou semivogal + vogal (cadeira, linguiça).
• Tritongo: semivogal + vogal + semivogal (Paraguai, saguão).
• Hiato: vogal + vogal em sílabas separadas (saúde, baú).

Diferença principal: no ditongo e tritongo, as vogais ficam na mesma sílaba; no hiato, ficam separadas.

Encontro Consonantal

Ocorre quando duas consoantes aparecem juntas:

• Puro: mesma sílaba (prato, brejo).
• Disjunto: sílabas diferentes (cascata, martelo).

Dígrafo

Duas letras que representam um único som:

• Consonantais: ch, lh, nh, rr, ss, gu, qu.
• Vocálicos: am, an, em, en, im, in, om, on, um, un.

Homônimos e Parônimos

• Homônimos: mesma grafia e/ou som, mas significados diferentes (manga fruta/roupa).
• Parônimos: grafia e som parecidos, mas significados distintos (cavaleiro / cavalheiro).

Tabela de Comparação: Antes e Depois do Acordo

Confira uma tabela que apresenta as mudanças na ortografia oficial:

Quais concursos cobram Ortografia Oficial?

Confira alguns concursos importantes que exigem Ortografia Oficial em seus conteúdos programáticos:

INSS

• O conteúdo de Língua Portuguesa inclui explicitamente itens como Ortografia Oficial, ao lado de outros temas como acentuação gráfica, crase, pontuação e redação de correspondências oficiais

TCU

• Em julho de 2025, fontes especializadas destacaram que o concurso do Tribunal de Contas da União (TCU) está em curso, e que a Ortografia Oficial é um tema essencial dentro de Língua Portuguesa, tanto para prova objetiva quanto para a discursiva, que costuma descontar pontos por erros gramaticais.

PF – Polícia Federal

• Para a Polícia Federal, o conteúdo programático de Língua Portuguesa, segundo indica o material de preparação de 2025, incluiu o “Domínio da ortografia oficial”. Essa exigência se mantém para cargos como Escrivão, Agente e Papiloscopista.

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Como estudar Ortografia Oficial para concursos?

A Ortografia Oficial é um conteúdo que exige atenção aos detalhes, prática constante e revisão frequente, já que pequenas falhas podem custar pontos preciosos na prova. Para ter um estudo realmente eficiente, é importante seguir um método que una teoria, memorização e aplicação prática. A seguir, veja um passo a passo completo para dominar o assunto:

1. Comece pela base teórica

Antes de se aprofundar em exercícios, revise as regras do Novo Acordo Ortográfico, incluindo:

• Inclusão das letras K, W e Y no alfabeto;
• Fim do uso do trema;
• Alterações na acentuação (ditongos, hiatos, I/U tônicos, acentos diferenciais);
• Regras atualizadas do hífen;
• Uso correto de maiúsculas e minúsculas;
• Diferença entre ditongo, tritongo e hiato;
• Principais casos de dígrafos, homônimos e parônimos.

Manter um resumo próprio dessas regras ajuda a fixar melhor e a facilitar revisões rápidas antes da prova.

2. Utilize exemplos práticos

A leitura das regras isoladas pode parecer abstrata. Por isso, monte listas de palavras com a grafia correta, comparando com a forma antiga quando aplicável. Por exemplo:

• colméia → colmeia
• pára → para
• vôo → voo

Essa técnica visual ajuda a gravar as alterações e a identificar erros comuns cobrados em provas.

3. Resolva questões da sua banca

Cada banca tem um estilo diferente de cobrar ortografia. Por exemplo, o Cebraspe pode apresentar frases para que você julgue se estão corretas ou não, enquanto a Vunesp tende a usar alternativas com várias palavras para marcar a incorreta.

• Baixe provas anteriores do seu concurso;
• Faça simulados cronometrados;
• Corrija identificando o motivo de cada erro ou acerto.

4. Faça revisões periódicas

A ortografia é um conteúdo que se perde com facilidade se não houver contato constante. Reserve pelo menos uma vez por semana para revisar:

• Seu resumo;
• Tabelas de comparação “antes e depois” do Acordo Ortográfico;
• Questões que errou anteriormente.

5. Treine escrevendo

Não estude ortografia apenas de forma passiva! Ao redigir redações ou respostas discursivas, aplique conscientemente as regras. Erros de grafia em textos dissertativos podem reduzir sua nota final.

6. Use recursos de memorização

• Cartões de estudo (flashcards) com regras de um lado e exemplos do outro;
• Mapas mentais para visualizar as mudanças do Acordo Ortográfico;
• Listas temáticas (ex.: palavras com hífen, sem hífen, com acento, sem acento).

7. Inclua ortografia no ciclo de estudos

Mesmo que pareça simples, a ortografia deve ter espaço fixo na sua rotina de preparação. Dedique pequenos blocos de tempo, intercalando com outras disciplinas.

Seguindo essas etapas, você não só memoriza as regras como aprende a aplicá-las naturalmente, garantindo mais segurança no dia da prova e reduzindo a chance de perder pontos por descuido.